A tormenta teve início em Milão, Itália, em setembro de 1997 e se transformou em um grande ciclone, quando um pouco depois, os jornalistas internacionais entraram em contato direto com a avançada tecnologia da Yamaha YZF-R1 e saborearam o seu rendimento em uma sessão de testes realizados em Alicante, na costa mediterrânea da Espanha.
A tormenta se estendeu às pistas, quando a YZF-R1 demonstrou a sua superioridade. A R1 dominou as três primeiras posições do Campeonato Nacional de Motos Esportivas de Produção em Série de 1998 da Grã-Bretanha. No Canadá a R1 ganhou os campeonatos regionais mais importantes, a A.S.M., C.M.R.A. e R.A.C.E., tanto na categoria Superbike, quanto no Aberto de Motos Esportivas. Do outro lado do Pacífico, a R1 venceu o Campeonato Australiano de Superbike de Produção em Série e o título de Melhor Máquina de Equipe Privada, além de vencer o campeonato de Fórmula X-Tream Sprint. No México a YZF-R1 ganhou o título nacional da Copa Mustang 1998.
Com tantos prêmios e vitórias o resultado final não poderia ser outro senão campanhas junto ao público e aos meios de comunicação do mundo inteiro, que levou a esgotar os modelos à venda em muitos países, e consequentemente o desenvolvimento de mais dois produtos da família R, as Yamaha R6 e R7.
A YZF-R1 reúnia em uma superesportiva de um litro, uma relação peso-potência - 172 Kg/150 cv - até então nunca registrado nessa categoria. Ela foi equipada com um motor de cinco válvulas por cilindro, um conjunto de bloco/cárter fundidos em uma só peça ligeiramente inclinada a frente, carburadores invertidos de alto desempenho e um sistema EXUP completamente redesenhado. O motor de quatro cilindros em linha de 998 cc da R1, empurrava a qualquer regime de rotação. O propulsor, disposto longitudinalmente era dotado de uma nova e compacta transmissão, apresentando um peso extremamente baixo e tremenda rigidez, o que permitiu total liberdade aos engenheiros da Yamaha para construir o quadro.
O quadro Deltabox II, 1395 mm de distância entre-eixos, que utiliza o novo motor como elemento integrado a sua estrutura. Já o braço oscilante foi um dos maiores utilizados em uma moto de série. Um desenho testado em competições, que permite uma inigualável maneabilidade com altos níveis de estabilidade e tração.
As “gerações” da YZF-R1:
1998
A primeira R1 revolucionava o conceito de superesportivas. Oferecia 150 cv a 10.000 rpm, quadro Deltabox II, entre-eixos de apenas 1395 mm, pesando somente 177 kg.
2000
Com mais de 150 alterações em todo o conjunto, a R1 ficou ainda mais leve (175 kg) e mais rápida. Ganhou um escapamento feito de titânio.
2002
A R1 chegava à sua segunda geração, equipada com uma moderna injeção eletrônica de combustível e o quadro Deltabox III. Visualmente, ficava ainda mais agressiva e ganhava lanterna com LEDs
2004
Além do novo visual, com duas saídas de escape sob o banco, a terceira geração da R1 alcançava a incrível marca de 1:1 na relação peso potência: eram 172 cv de potência máxima (sem indução direta de ar)
2006
Nascia a quarta geração da R1 com diversas alterações no motor e com o novo quadro Deltabox V. Ela ganhava 3 cv a mais — chegando a incríveis 175 cv a 12.500 rpm
2007/2008
A quinta geração da R1 inaugura um novo motor com quatro válvulas por cilindro e traz diversas inovações oriundas da Yamaha M1 de Valentino Rossi: duto de ar variável, acelerador eletrônico e embreagem anti-bloqueio
2009
A maior alteração da R1 é o propulsor do tipo Crossplane de 182 cv a 12.500 rpm identico ao adotado desde o ano anterior pela Yamaha M, de MotoGP, também adota um controle de modo velocidade com três diferentes acertos.
2012/2013
Mais intimamente associada a YZR-M1 a YZF-R1 adota uma inédita luz de posição em LED – alinhada às tedências mundiais no segmento de quatro rodas. Sem abrir mão do caráter esportivo, o modelo ganha sistema de controle de tração de sete níveis.